Nascido em 25 de fevereiro de 1915 na cidade de Catolé do Rocha/PB, filho de Rodolfo Henriques e Lizbela Deniz Henriques, foi adotado por um tio afim, Ascendino Almeida, que o criou e proporcionou-lhe a educação.
Iniciou seus estudos ─ primário ─ em 1925 na cidade de Patu/RN, passando por Mossoró ─ ginásio ─ e Natal, no Atheneu Norte-Rio-Grandense. Diplomou-se em Odontologia pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará, no ano de 1938, com apenas 23 anos de idade. Recém formado, passou a exercer a profissão de início em cidades do Rio Grande do Norte, seguindo depois para Belo Horizonte e São Paulo onde fez vários cursos e aprimorou seus conhecimentos.
Casou-se em setembro de 1940 com a senhora Maria do Carmo Marques de Almeida, com quem teve três filhas.
Em janeiro de 1961, Ascendino foi nomeado Professor da Faculdade de Odontologia para lecionar a disciplina de Patologia e Terapêutica aplicadas, exercendo a docência até novembro de 1982, quando se desligou do magistério superior em decorrência da aposentadoria por tempo de serviço.
Suas atividades docentes ligadas ao Magistério, serviram para mostrar aos jovens o exemplo de um extraordinário homem que fez do ensino uma fonte inesgotável de saber, de amor e de respeito aos princípios sagrados que norteiam a vida de um educador.
Semeador da cultura no RN, homem culto, gramático respeitado, escritor e poeta foi um dos fundadores do Jornal “A Palavra”. Seu conhecimento linguístico lhe rendeu admiração e livros publicados como “Português para o Vestibular” e “Pensamento em Férias”, um livro de crônicas que teve edição esgotada rapidamente.
Foi membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e da Academia Norte-Rio-Grandense de Odontologia, como fundador. Por mérito ocupou e exerceu com brilhantismo muitos cargos, dentre eles, Secretário de Educação e Cultura do Município de Natal e Vice Diretor da Faculdade de Odontologia da UFRN.
Um amigo leal, prudente, solidário, sensato, de atitudes modestas, bom por natureza e por princípios. Assim era Ascendino.
OBS.: Perfil baseado no discurso proferido pelo Acadêmico Leão Pereira Pinto, cadeira nº 04, por ocasião de sua posse em 14/12/1990 e no discurso proferido por Grácio Barbalho, na homenagem póstuma a Ascendino na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, em abril de 1991.